Caminho,
sempre em caminho eu,
não a esmo,
nem solitário.
Há outros em caminho:
cansados, tristes, cabisbaixos;
ou exultantes, risonhos, eufóricos.
Eu em caminho certo e incerto,
guiado pelas batidas do coração
que infunde ritmo justo aos meus passos,
com sede do novo que não me deixa parar.
No coração o ardor do Infinito,
com mochila e tenda nas costas,
o sonho de Deus como guia,
enfrento a história que é vida
- caminho longo! -
atrás do amanhã.
Campos, casas, rios, projetos,
caminhos de ontem,
meus lugares “tranqüilos”,
metas “completas” deixadas,
ao surgir da aurora mudadas,
sempre atrás do amanhã.
Peregrinos do Infinito.
pelo Imenso atraídos,
ainda e de novo fixaremos a tenda
ao entardecer, com o sol que vai morrer.
Enfrentaremos,
ainda na espessura da noite,
outros lugares,
rios e campos e vales e montes e mares,
outros caminhos.
E novamente ao romper da aurora
caminharemos por sombras e áridas rochas,
- deserto da vida! – e ainda,
já com o sol levantado e já castigante,
sempre atrás do amanhã,
vislumbraremos a LUZ do SOL sem ocaso
do eterno amanhã.
Caminhando sempre,
com mochila e tenda nas costas,
em busca da liberdade.
“Liberdade, essa palavra, que o sonho humano alimenta,
Que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda” (Cecília Meireles)
Frei Pierino Orlandini
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