domingo, 12 de junho de 2011

Vem, Espírito de Amor!

Vem, ó Santo Espírito!
Tão só estou,
prisioneiro do meu silêncio.
E esse nada seguro silêncio,
meu ilusório, passageiro refúgio
tranca-me em mim mesmo,
impermeável
ao teu sopro vivificante
e as tentativas de união,
que partem de Ti
através dos irmãos.
É desencontro completo.
Meu silêncio,
de repente,
bate de frente e evita o encontro
do OUTRO nos outros
e faz aliança com minha vontade rebelde.
Faze que eu acolha todas as cruzes,
mesmo pesadas,
e todos os “cristos” que encontro.
Alguns “cristos” que encontro
são estranhos!
E daí?
Eu também sou estranho e pesado,
às vezes,
até para mim mesmo.
Vem, ó Espírito Santo!
Vem, ó Ventania-Espírito!
Derruba com força as barreiras,
afasta os fantasmas
e alimenta em mim a esperança.
Vem, ó Brisa suave e mansa,
ó Divino Espírito,
crepitante Chama
Fogo que queima!
Recria em mim a alegria,
liberta-me dos medos,
revigora meu ardor
e acende em mim o calor do teu amor.
Quebra grilhões e correntes
com teu fogo abrasador.
E que eu seja, enfim, teu reflexo,
ó Espírito de Amor.

Frei Pierino Orlandini

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